20080226

É hora de acordar!
a hora se passou
e ninguém para abrir os olhos
de quem pensou estar seguro...
lá fora arrisca cair
aquela chuva de ontem
e até hoje, ninguém
para acordar o sol
ninguém para lavar o céu
levar abrigo...
agasalho do frio.

lágrimas começam a chuviscar...
o medo venta forte
destrói caminhos sinceros, frágeis...

aguém caminha lá fora
em busca de um lugar
para passar a noite
mas ninguém pode ajudar
quando nunca viu o sol...

alguém bate na porta
- Vá embora, aqui ná há lugar!

E eu rabisco poemas
sob o brilho fosco
palavras... um vidro quebrado
e parte da cidade ás escuras

janelas entre abertas
casas vazias,
onde mora o silêncio?

não o deixe acordar
nem avise a hora
feche bem as janelas,
tranque as portas...
não o deixe entrar,
apague a luz da lamparina
deixe-o passar...
ouça... o vento passar...
Balanço!

20080218

meia noite

zero hora
mas não havia tempo para acabar...
espinhos nos pés
e a dor lhe seguindo
como desespero
preso numa garrafa sem ar...
gritos nus na noite
sem saber se prosseguir ou permanecer
tentativas fracassadas
Desistiu, não quis mais arriscar...
Enfim chegou,
Lugar nenhum...

20080217

aquele banco

um banco em frente
............. [à escola
nunca vazio
simples banquinho
onde se encontram
e passam histórias...
por lá a minha também
................... [passou

todos agora distantes
nem pensam mais em ti
mas... novos virão
e um dia, quem sabe!?
eu ainda te encontre ali
esperando o futuro
descer as escadas...

simples banquinho

quase sempre feliz
deixo aqui meu carinho
com nossas conversas
a tua paciência
também me ensinou...