20081007
Onde está?
E a senil paciência?
Eu sempre esqueço,
E me pergunto:
Onde estão os traços
que te tornam poesia,
E a melodia deste sorriso menina
Onde me perco e te encontro...
Tentativas
Ainda não.
Eu sempre adianto os ponteiros,
Arrisco atrasar o tempo...
Os dias têm soado vazio
e as palavras secas.
Tento não perder a esperança
Não sair do ritmo,
Continuar...
Ás vezes sem direção,
Como canções incompletas.
Sem um acorde,
Uma estrofe.
De repente um por do sol,
Um luar...
Sem promessas
E estrelas...
20080226
e ninguém para abrir os olhos
de quem pensou estar seguro...
lá fora arrisca cair
aquela chuva de ontem
e até hoje, ninguém
para acordar o sol
ninguém para lavar o céu
levar abrigo...
agasalho do frio.
lágrimas começam a chuviscar...
o medo venta forte
destrói caminhos sinceros, frágeis...
aguém caminha lá fora
em busca de um lugar
para passar a noite
mas ninguém pode ajudar
quando nunca viu o sol...
alguém bate na porta
- Vá embora, aqui ná há lugar!
E eu rabisco poemas
sob o brilho fosco
palavras... um vidro quebrado
e parte da cidade ás escuras
janelas entre abertas
casas vazias,
onde mora o silêncio?
não o deixe acordar
nem avise a hora
feche bem as janelas,
tranque as portas...
não o deixe entrar,
apague a luz da lamparina
deixe-o passar...
ouça... o vento passar...
20080218
meia noite
zero hora
mas não havia tempo para acabar...
espinhos nos pés
e a dor lhe seguindo
como desespero
preso numa garrafa sem ar...
gritos nus na noite
sem saber se prosseguir ou permanecer
tentativas fracassadas
Desistiu, não quis mais arriscar...
Enfim chegou,
Lugar nenhum...
20080217
aquele banco
............. [à escola
nunca vazio
simples banquinho
onde se encontram
e passam histórias...
por lá a minha também
................... [passou
todos agora distantes
nem pensam mais em ti
mas... novos virão
e um dia, quem sabe!?
eu ainda te encontre ali
esperando o futuro
descer as escadas...
simples banquinho
quase sempre feliz
deixo aqui meu carinho
com nossas conversas
a tua paciência
também me ensinou...
20080126
a noite e eu...
tudo muda
e tudo se confunde, ilude
nas luzes da cidade
não há luar...
caminhando pro outro lado
numa noite calada
sem sombras...
venta frio na orla do cais
e serrena finos traços e gotas
palavras e pensamentos...
a cidade tentando dormir
e eu faço silêncio
pra não acordar
ela soluça e caminha
e não consegue
tenta...
me faz companhia
conversas de um olhar e lágrimas
é quase dia precisamos continuar
eu acordo e ela enfim consegue dormir
...
20080122
como criança...
a página rasgada do livro
das palavras perdidas no vento
do litoral das águas que não voltam
mas deixam marcas na areia
a chave perdida
da porta encostada
de quem saiu
com lágrimas caladas...
e que só choram no silêncio
depois da curva...a distância.
com ela somos sempre
crianças sem balanço
esperando alguém nos buscar.
doentes sem cura
no calor sem sombra,
sobram lembranças
que sempre vão ficar
sorrisos e alegria
aventuras e poesia
distância...
como seria você
sem nossas histórias?
não sobreviveria
em horas monótonas...
não saberia o caminho
de casa e nem porque voltar.
não cantaria
e nem teria motivos pra continuar
lendo esse livro sem páginas...
maldita e temida saudade
me embalo pra continuar voando
e vivendo longe de ti
um dia, quem sabe?
me contento com um abraço
de olhos fechados
e logo acordar...
Vôo...
vou e voou...
sobre os teus passos
nas tuas asas...
consigo te ver além...
no novo ano dos velhos humanos
eu consigo te encontrar
todos os dias
na minha força
na minha natureza,
que eu nunca sei controlar!
eu preciso de um momento sozinho
ouvindo apenas as batidas do meu coração e
você é a voz e as minhas palavras
no silêncio das lágrimas...
na distância e na saudade!
na perda...
e na ausência da essência...
na tarde eu vejo a chuva cair
e sempre paro pra pensar...
nos que vão, nos que ficam
nos que esperam...
para onde as águas seguem,
será que há um novo sol,
e novas nuvens?...
minhas dúvidas são sempre
razão para continuar contigo
porque do teu lado
eu sempre encontro sentido...
escudo para os meus próprios erros
corragem para os meus próprios medos...
continuo tranquilo enquanto a chuva passa
movido pela música
tradução do meu espírito
e sentimento...
eu caminho passo a passo
seguindo as marcas
sugestão...
Sugiro um bom motivo
Pra deixar tudo de lado
Sugiro respirar bem fundo
Antes de dizer adeus!
Toda liberdade tem seu preço
Pague caro, mas seja livre
Assim que puder...
Escolha as melhores músicas
Alguns livros e siga,...
Siga em frente...
Mas desvie sempre que necessário.
Corra e ande sem se preocupar com o tempo
Ame sem esperar um momento
No amor qualquer momento é ideal...
Mas...
E quando estiver cansado?
Sente-se pra vê os sóbrios passarem
Lê-los vai ser engraçado
Suas verdades terminam
Nas próprias calçadas...
Suas mentiras dormem nos seus braços...
Fingindo inocência,...
Gritam suas ignorâncias,
Sorriem suas maldades.
Disfarçam seus medos,
Se enganam com máscaras...
Mas durma,uma música ou o livro...
Invente, crie, faça o mundo girar...
Role de tanto ri,...
E quando estiver bem
Siga em frente...
Uma varanda..
O pêndulo na parede
O tempo no passado
A poeira fina sobre os móveis em casa
A segurança e a incerteza dos meus passos
Na larga varanda...
Ouço, o sino ecoa
Mais uma badalada
Soou eu sentado na calçada
Deitado no banco do quintal de casa
Á sombra da mangueira
Que balança seus galhos
Quando o vento passa...
Seca a folha cai tranqüila,
Seguindo seu destino
Sempre calada e
Sobre a tinta desbotada
Das minhas palavras
Eu escrevo
Nas folhas velhas de um caderno.
Sobre as tardes de sol
Sobre as chuvas caindo perto da noite
Sobre o ponteiro do tempo
E as folhas que amanhecem molhadas.
Cordas...
Ela tinha que lutar
Sobreviver mais um dia...
Esconder-se não adianta
Quando nós mesmos nos procuramos.
Ela tentou entender suas atitudes
Mas tudo foi em vão.
Permaneceu deitada
Sem acreditar nas marcas de sangue
Sem sentir as mãos e as pernas
Nem a vontade de correr...
Mais um dia em que o sol não brilhou
E todos os seus desejos estirados...
Apenas marcas vermelhas
E a sensação de que era tarde demais
E ela se viu brincando, balançando...
Viu-se sorrindo, mas se sentiu morrendo.
Arrepender-se foi só o que ainda deu tempo...
E ela se viu brincando, balançando...
20070819
no fundo relembro
e tento entender...
?
as fotos parecem tão reais
mas ainda escondem o que senti[rei]...
e eu que pensei
que o tempo poderia mudar...
somente as pétalas morreram
enterradas na poeira de casa...
;
te acordo de tarde
lá fora o vento é caminho aberto
sem preocupação...
nao tenho mais que ficar
só não sei se ainda quero voltar...